Páginas

terça-feira, 15 de novembro de 2016

MOOG TAURUS BASS PEDALS


por Jorge Pescara

DIVERSOS BAIXISTAS DE ROCK AMPLIARAM SEU PORTENTOSO ARSENAL DE GRAVES USANDO PEDAIS DE ÓRGÃO ACIONADOS PELOS PÉS. GERALMENTE ISTO ACONTECIA QUANDO ESTES PIONEIROS, EM ALGUM MOMENTO DO SHOW, LARGAVAM SEUS CONTRABAIXOS PARA TOCAR OUTRO INSTRUMENTO. CHRIS SQUIRE - YES, JOHN PAUL JONES - LED ZEPPELIN, GEDDY LEE - RUSH E MICHAEL RUTHERFORD - GENESIS, FAZEM PARTE DESTA LISTA.


MOOG TAURUS PEDALS 205A
1978 Norlin Music Taurus Pedal Synthesizer Owners and Service Manual
“O Moog Taurus Pedal Synthesizer permite a você fazer música com seus pés enquanto suas mãos estão ocupadas tocando contrabaixo, sintetizador, guitarra, Stick, percussão, sopros ou bateria. O Taurus tem três vozes pré-programadas, além de uma extra para onde o músico poderá programar completamente. No modo performance pode-se selecionar entre qualquer um destes presets. O Taurus é um sintetizador variável que contém dois osciladores de áudio para criar efeitos de phasing, intervalos paralelos e ricos sons de percussão. Em adição, funções como glide, decay e pedalboard octave podem ser selecionados pelos durante a performance. Com cinco oitavas de alcance o Taurus é mais do que um instrumento para vozes graves”.
Led Zeppelin - John Paul Jones e Moog Taurus
TAURUS FEATURES
·Três timbres sintetizados pre-programadas: Bass, Tuba e Taurus.
·Um preset totalmente programável onde se pode criar a sonoridade ou preset desejável.
·Alcance de cinco oitavas -16' - 8' - 4' - 2' e 1'.
·Controles deslizantes via foot para loudness e variações de tone color.
·Osciladores com design ultra-estável: menos do que 1% (0.06%) short term drift, menor do que 2% (0.18%) long term drift.
·Seletores eletrônicos para os preset. Presets não podem ser cancelados.
Rush - Geddy Lee e Moog Taurus
Introduction
O MOOG TAURUS pedal sintetizador, controlado por pedais estilo órgão, combinando o features de sonoridade e versatilidade de um bom sintetizador com as modificações de sonoridade e presets disparados via foot controller. Este versátil instrumento musical oferece a capacidade de produzir tradicionais ou novos e alternativos sons, instantaneamente selecionados através dos pedais. Para proporcionar máxima proteção a unidade é acondicionada em forte case de madeira e metal.


Descrição
Genesis - Mike Rutherford e Moog Taurus
As funções básicas do Taurus Synthesizer (veja diagrama em bloco) são programáveis, isto é, os valores dos vários parâmetros que são usados para controlar os detalhes de sonoridade são determinados ou por valores internamente pré-fixados (pelos três presets de fábrica) ou acessados pelo músico através dos controles (para o preset VARIABLE). Em uso normal o VARIABLE preset é prioritário, no modo performance, usando os controles VARIABLES no painel. Durante a performance, o músico seleciona um dos quatro presets instantaneamente pressionando os botões PRESETS com os pés. Estes quatro PRESETS são mutuamente excludentes, isto é, somente um preset poderá ser acionado de cada vez. As fontes básicas de sons são dois osciladores de voltagem controlada (A e B). Dois pitch controls são usados para ajustes de afinação no instrumento. Primeiro, o controle de TUNE é usado para acessar o pitch de ambos os osciladores para atingir a referência desejada, tal como usar um outro instrumento para executar uma nota padrão de afinação. O instrumento inteiro pode ser alterado em oitavas para cima ou para baixo através do uso dos OCTAVE foot-button. O pitch instantâneo do instrumento é controlado e acessado não somente pelos controles de OCTAVE e fine tuning, mas também pelo controle de GLIDE e GLIDE foot-button. O efeito de glissando é feito através de uma suave transição de pitch entre notas sucessivas. As duas fontes sonoras são combinadas em diferentes quantias no mixer. Nos três presets fixos as quantias estão programadas internamente, enquanto no modo VARIABLE a quantia relativa das fontes sonoras "A" e "B" presentes no output são determinados pelo controle B-MIX-A no painel de controles VARIABLES. O output do mixer é aplicado ao filtro de voltagem controlada que pode ser usado para providenciar a dinâmica ou a modificação de timbre fixo. Sempre que uma nota é pressionada em um pedal qualquer, um sinal de filter contour é gerado, e sucessivamente abre e fecha o filtro. O output do VCA á aplicado ao controle rotatório OUTPUT LEVEL no painel traseiro que é usado para equacionar o nível de sinal do Taurus para o amplificador. Quando usar o TAURUS com um amplificador de contrabaixo ou amplificador de instrumentos similar, plug o TAURUS na entrada de high level do amplificador, e o controle de intensidade de volume deste á meio caminho. Ajuste, então, o controle de OUTPUT LEVEL no painel traseiro do Taurus para o nível volume que se deseja. O Taurus pode operar em voltagens de 115 ou 230 volts.


Sonoridade
A sonoridade geral do Taurus é praticamente a mesma de um Moog analógico com graves consistentes e marcadamente distorcidos. Como o instrumento possui teclas relativas a uma oitava (de Dó a Dó parecidas com teclas de piano, só que bem maiores), obter linhas de contrabaixo satisfatórias somente dependem da habilidade do instrumentista em “pedalar” as notas enquanto canta ou toca outro instrumento. O timbre Taurus é o mais interessante dos três para linhas de apoio com seu rústico rugido grave, mas como isto é uma opção pessoal nunca é demais testar os outros dois (Tuba sem o attack inicial, sendo mais macio do que os outros e Bass com o attack e decay característico dos Moogs). Creio que com um pouco de pesquisa, estudo e prática qualquer músico pode extrair resultados de um Moog Bass Pedals. Outro fator a ser observado é quanto à amplificação. Neste caso o músico pode trabalhar com um mixer para todos os seus instrumentos (claro que você vai tocar outro instrumento junto com o Moog Taurus, pois do contrário ele não será mero figurante no palco). Pode-se também levar um segundo amplificador (tipo combo) apenas para o Moog Taurus, ou liga-lo no PA com um retorno específico apenas para ele no palco. Claro que este instrumento está fora de catálogo desde 1980 e, portanto somente será encontrado em lojas de instrumentos usados... no exterior! Qualquer U$1,000.00 paga esta belezinha. Existem possibilidades similares no formato como o Hammond XPK100, porém sem sons internos, sendo somente um dispositivo MIDi com pedaleira (uma oitava idêntica ao Moog Taurus) que deve ser acoplada ao sintetizador ou cérebro de timbres. Mais fácil de encontrar, talvez mais barato, mas sem o charme e principalmente, sem a gorda e real sonoridade analógica setentista. Este instrumento ficou marcado por seu extenso uso no progressive rock. A maioria dos contrabaixistas deste movimento utilizou o Taurus para suprir os sub-graves somados ao groove do baixo elétrico, ou mesmo como nos casos de Geddy Lee (Rush) quando este passava a tocar os sintetizadores e Michael Rutherford (Genesis) em músicas que o baixista executava o violão ou a guitarra. Notei com minhas pesquisas pessoais que, a melhor discografia para se ouvir o Moog Taurus vem dos discos ao vivo. A conclusão é de que no palco há muito mais necessidade de se usar uma máquina destas do que em estúdio, principalmente quando se está em um número reduzido de músicos no grupo (trios são perfeitos para isto). É lógico que na discografia de estúdio pode-se obter resultados excelentes durante a audição, porém durante as gravações em estúdio pode-se optar por outros meios para adquirir estas sonoridades, como, por exemplo, um tecladista suprindo os graves adicionais. Outro detalhe é que ao vivo o Moog pode operar para cobrir parte do arranjo de cordas, etc. Recomendo ouvir os discos citados abaixo para ter uma noção clara do que observamos nesta resenha:
The Police - Sting e Moog Taurus
Chris Squire (Yes); Ouça os discos YesSongs, YesShows, 9012 Live, além do DVD YesUnion. As músicas And You And I, Yours is no Disgrace e o solo Amazing Grace são ótimos pra começar a travar contato com estes sons do Moog!
Mike Rutherford (Genesis), albums Genesis Live, Genesis Archive I 1967-1975, Seconds Out, Three Sides Lives, The Way We Walk volumes I, II e Genesis Archive II 1976-1992. Você não pode deixar de ouvir Mr Rutherford com o Moog em Supper’s Ready, I Know What I Like ou Fading Lights.
Geddy Lee (Rush), nos Cds Exit… Stage Left e Different Stages. Na fase antiga do Rush geddy Lee usava o Moog em 70% das faixas, porém em Tom Sawyer...
John Paul Jones (Led Zeppelin), principalmente no bootleg BBC Sessions. JPJ tocava muito Hammond e Mellotron tanto ao vivo quanto em estúdio, além de seus maravilhosos baixos de rock-Motown style. Em alguns casos o Moog pode surpreender quem não conseguia entender como o baixo continuava a soar mesmo com Jones no Hammond?.. Moog Taurus nos pés, meu caro!
Pode-se encontrar o Moog Taurus também com Jeff Amment (Pearl Jam), e Adam Clayton (U2) e no The Doors, porém esta é uma outra história. Com isto podemos ter em mente que um mundo está aos nossos pés... E nem ao menos sabíamos disto!



FENDER BASS PEDALS

Antigos Fender bass pedals
Estes pedais eram construídos, na década de 60, por diferentes companhias, contendo sons e características completamente diferentes, mas todos sob a mesma idéia primordial: um tradicional pedal de órgão contendo um teclado de piano, porém maior e mais largo para acomodar os pés. geralmente, com somente uma oitava ou pouco mais, fato que limita o músico. São quase sempre afinados na oitava do contrabaixo, embora modernos MIDI bass pedals possuem o controle de qualquer oitava. Pode ser pressetados para attack e release imediato, como nos órgãos eletrônicos, ou como no baixo acústico onde o decay ocorre rapidamente ao invés de sustentação. Com ele obtêm-se um pesado e poderoso som grave.



HAMMOND BASS PEDALS

Moderno pedal Hammond XPK-100 com as propriedades dos anteriores somadas ao mundo MIDI. Com ele pode-se criar sons tão inusitados quanto qualquer outro keyboard. transposição e controle de oitavas, divisão de regiões de oitava (split) e edição de sons são algumas das características deste aparelho.
usuários:
Geddy Lee (Rush), John Paul Jones (Led Zeppelin), Michael Rutterford (Genesis), Chris Squire (Yes)





sexta-feira, 14 de outubro de 2016

SYNTHESIZER & FILTER BASS EFFECTS


por Jorge Pescara
Quem nunca ouviu e deixou-se seduzir pela sonoridade dos sintetizadores com sons de baixo analógico de Stevie Wonder? Pois é, ele toca estes tais baixos em sintetizadores Moog. Osciladores, envelopes, filtros e controles de oitavas predominam neste engenho. Para tentar emular estes sons, alguns fabricantes iniciaram a jornada do desenvolvimento de pedais de efeito com estas características.


ELECTRO HARMONIX
BASS MICROSYNTHESIZER
Um resistente pedal construído em chassis de metal com os controles analógicos . O mais tradicional Bass synth da história, este pedal é alimentado por uma bateria de 9volts o Micro Synthesizer obtém texturas e timbres que rivalizam com qualquer outra adquirida através de sintetizadores de teclas.
Filter Sweep
Distortion,
Square Wave,
Sub Octave,
Octave Above,
Bass,



KORG TONEWORKS
G5 SYNTH BASS PROCESSOR
The Korg G5 Synth Bass Processor é desenhado exclusivamente para contrabaixo elétrico. A unidade grava uma bass line (acordes não!) da entrada de sinal no espectro do baixo e gera um synth tone na mesma freqüência.
8 opções estão disponíveis:
1. Fast sawtooth.
2. Slow sawtooth. Ambos geram saw tooth waveforms na mesma freqüência original, mas respondem diferentemente entre si.
3. Fast sawtooth + sub-octave square wave.
4. Slow sawtooth + sub-octave square wave. Como acima, porém adicionando um square wave uma oitava abaixo da original signal, produzindo belíssimos subbass tones.
5. V. Slow sawtooth - igual ao ítem 2, mas com decay mais lento.
6. Distortion - não uma forma de onda estritamente falando, adiciona ruído ao sinal original.
7. Distortion + sub-octave distortion. Como acima, mas inclui um signal uma oitava abaixo do original.
8. Harmonic Distortion, como ítem 6, mas com a adição de um quente distortion.
9. Filter - sem forma de onda, a sessão de filtro trabalha o sinal original.
A. Voice1 - adiciona um vocal-style waveform ao original, com nuances de vocoder e digeredoo.
B. Voice2 - como acima, porém mais extremo. estas duas formas de onda produz um efeito selvagem.
Após, o signal passa para a sessão de filtros, com controles para Decay, Resonance, and Intensity. O controle de intensity control dobra com o seletor filter-cutoff e high-pass/low-pass. Finalmente, o sinal sintetizado pode ser mixado com o original. A unidade salva até 9 presets de usuários, acessados via footswitches. Contém ainda, Analog IOs: In, Synth Out, Mix Out, Tuner Out (Bypass), Phones, Foot Controller.



BOSS
BASS SYNTHESIZER PEDAL SYB-3
Com um circuito digital, este pedal é alimentado por uma bateria de 9volts, ou através de fonte, e possui chassis de metal em cor prata. O sistema é discreto e sem ruídos ao se acionar o foot. Nove tipos de samplers internos fazem a opção de formas de onda: dente de serra, quadrada, comprimento de pulso modulado, oitava abaixo, dente de serra com distorção, onda quadrada com distorção, dente de serra com distorção e oitava abaixo, onda quadrada com distorção e oitava abaixo. selecionáveis através de knob giratório.este mesmo controle pode, ainda, acessar duas wave shapes: freqüência de corte de filtros agudos e/ou graves; Também dois envelopes tipo T-Wah agudo ou grave. os demais controles são:
Effect level output, que controla a saída do sinal com efeito.
Direct level output, que controla o nível de sinal puro do instrumento.
Frequency, altera a freqüência de corte de filtro do efeito.
Resonance, controla o feedback.
Sens/Decay, controlando a sensibilidade e o decaimento de sinal do filtro.



AKAI
SB1 DEEP IMPACT SYNT PEDAL
Com quatro osciladores analógicos, este monovoice synth pedal traz de volta o charme dos sintetizadores analógico aos contrabaixos elétricos. Em um forte chassis de metal vermelho o SB1 comporta dois footswitches para on/off e program up. O program down somente é obtido com o acréscimo de um foot externo. Funcionando com uma fonte adaptadora o efeito apresenta um led indicativo para o sinal de entrada, real bypass, onde o circuito é totalmente desconectado quando acionada a chave off passando o sinal diretamente do jack in para o out. Isto significa que não há nenhuma perda de sinal, deterioração das freqüências agudas ou qualquer coloração artificial do som. Um dos raros pedais que funcionam na corda SI grave. Os knobs de controle dividem-se em:
Input Level, nível de volume de entrada de sinal
Output Level, nível de volume de saída do sinal
Parameter (Decay, Attack, Dinamics, On/Off, Resonance, Balance, Level, Depth e Preset).
Preset (Dark Buble, hardcore, Kitaro Bass, Bright Synth, Brast, fat Bottom, Majesty, Hot Space e Hiccups).



IBANEZ TONE-LOCK
SB-7 BASS SYNTHESIZER
O mais recente pedal Bass Synthesizer da Ibanez é o único destes que pode manusear diversas notas ao mesmo tempo, ou seja, toque um acorde e ele poderá ler sem atraso ou erro. Um outro atrativo desta série Tone-Loke são os knobs rebaixados, que permitem, após serem pressionados para baixo manter-se incrustados, salvando as configurações dos acidentes de ajustes.
Sens, controla o limiar de sensibilidade dos efeitos
Frequency, escolhe a freqüência de resposta onde os filtros atuarão
Resonance, controla o fator "Q" de cada freqüência escolhida
Level, controla o nível de volume geral do efeito
Mode (AutoWah, Synth1, Synth2)
Decay (Slow, Fast)



DIGITECH
BASS SYNTHESIZER
O Bass Synth Wah é simplesmente o mais versátil bass envelope filter pedal do mercado, com sete diferentes tipos de bass envelope filter para escolher. Isto proporciona mais efeitos de envelope filter do que qualquer outro pedal bass envelope filter disponível.
Sens - ajusta o trigger threshold dos efeitos synth, filter e envelope.
Control - ajusta a mixagem entre os sinais baixo/efeito, synth ou filter attack.
Range - ajusta a amplitude do envelope, freqüência de cutoff, ou freqüência de envelope.
Type - seleciona entre sete diferentes tipos de Bass Synth Wah: opção de efeitos incluindo Envelope, Envelope Sub, Synth 1, Synth 2, Filter 1, Filter 2 e Octa Sub.
Outputs - Normal/Dry e Efeito



LINE6
FM4 FILTER MODELER
Oferecendo um enorme coleção de vintage filter e monophonic synth efeitos, processamento em 24-bit e verdadeiro bypass, o FM4 apresenta 16 modelos de classic e colecionáveis filters e synths. Com quatro presets totalmente programáveis, o FM4 proporciona fácil acesso ao set de timbres world-class e controles para customização disponíveis ao toque do pé. Sem a necessidade de múltiplos pedais para múltiplos efeitos. Uma verdadeira chave Bypass, de forma que seu som "direto" seja exatamente o mesmo do instrumento para o amplificador. Entrada para expression Pedal - para controle real time de todos os sets de efeitos. Também disponível está o morph entre os sets permitindo criar efeitos impossíveis com os aparelhos originais. Tudo através dos knobs. Sem menus, sem botões com múltiplas funções. Entradas e saídas Stereo. Funciona com quatro pilhas médias ou power adapter opcional.
Cansado dos velhos efeitos? Quer algo um pouco... diferente? O FM4 Filter Modeler, parte da premiada série de pedais Modelers da Line 6, produz uma vasta quantidade de efeitos vintage, novos, estranhos aos totalmente freaky! Do gigante gentil auto-wah de um envelope filter até as completas maluquices dos VCO controlled ring modulators, FM4 pode ser tão estranho quanto você queira.
FM4 SPECIFICATIONS
Efeitos Digitais 16
Presets de Fábrica 20
User Programmable Channels 4
Controles: Effect Selector, Freq, Q, Speed, Mode, Mix
Controles Adicionais para Expression Pedal (opcional)
Mono/Stereo // Stereo in/ Stereo out
Chassis Cor Púrpura


usuários:
Mick Karn (Japan), Justin Meldal-Johnson (Beck), Fieldy (Korn), Chris Wood (Medeski Martin & Wood), Cass (Skunky Anansie), PJ (Jota Quest)



FILTER BASS PEDALS
OUTRA OPÇÃO PODE SER ENCONTRADA COM OS PEDAIS DE FILTRO. CIRCUITOS QUE ESTÃO EM UMA CATEGORIA PRÓXIMA AOS SYNTHESIZERS PEDLAS. CONFIRA ALGUNS:


Electro Harmonix BassBalls Filter
Filtro com distorção para fazeer seu baixo soar como Chris squire (Yes). Possui controles de Distortion e Sensitivity.



Black cat Bass Octave Fuzz
 Um fuzz filter octave concorrente direto do BassBalls. distorção somada a uma oitava e envelope filter em um só pedal. Controles de Filter, Harmonics, Normal, Drive e Effects. Produz sons a la Chris Squire (Yes).



Eowave Filter Bug
Filtro analógico com controles de cut off, envelope, ressonância e LFO.



Ibanez Classic Flanger FL99
Filtro e modulação de circuito analógico. Um verdadeiro clássico dos vintage. Controles de Speed, Depth, manual, Regen, Filter e Intense.



LoveTone MeatBall Filter
Contém circuito analógico de wah wahs automáticos além de outros controles não comumente associados ao efeito. Produz arpejos estranhos, tremolos com modulação de wah wah e efeitos especiais. Controla Sens, Attack, Decay, Colour, Intens, Blend, Trigger, Filter, Full e Envelope.



Bob Moog MoogerFooger Low Pass Filter
Vem com diversos controles de voltagem. Concorrente direto do MuTron, porém com várias possibilidades a mais.



Musitronics MuTron III 
 Um envelope filter follower controlado por voltagem de sinal. Produz efeitos de wah automáticos que alteram o timbre conforme a dinâmica do sinal de entrada. Controles de Mode, peak, Gain, Power, Drive e Range



Z-Vex Seek Wah 
 Contém 8 circuitos de wah wahs individuais dirigidos e presetados sequencialmente. Produz arpejos estranhos, tremolos com modulação de wah wah e efeitos especiais.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

BASS MIDI SYSTEM

A EVOLUÇÃO DO SISTEMA MIDI PARA CONTRABAIXOS ELÉTRICOS
por Jorge Pescara

Existem duas maneiras de se obter controle MIDI em contrabaixos elétricos. O primeiro é chamado de pitch-to-MIDI, que começa com a vibração das cordas em um baixo padrão. Este sinal é recebido pelo pickup e enviado ao dispositivo de interface, onde o sinal é, então, analisado, digitalizado e convertido em dígitos binários. A parte digital é agora uma informação MIDI (Musical Instrument Digital Interface), que é repassado para um módulo gerador de timbres que o reconhece e o sintetiza em som audível. Este novo som é correspondente ao pitch e volume da vibração original da corda, mas também pode ser: keys, dynamics range, etc. Esta descrição serve para os modelos da Roland (G33B, G77B e GK2 MIDI pickup), além da Yamaha (B1-D) e Axon AX-100 Blue Chip.
No passado tivemos alguns modelos que por possuírem atraso muito significativo de sinal já não estão entre nós, como o Oncor Touch Digital Bass BGS4000 no final dos anos 70. Instrumento que dispunha de um synth circuit, touch sensitive frets, touch pads (teclas ao invés de cordas), touch sensitive pitch bender, circuito onboard, além de ajustes de filter, cut off, frequency, volume, 2 LFOs (Low Frequency Oscilators) para vibrato e parâmetros de envelope como attack, decay e sustain. Outro ancião foi o Zeta BC440 Bass Controller, que transmitia as informações MIDI em canais individuais e possuía afinador, teclas para endereçar as informações de bend independente por corda, velocity mode, modulation wheel, peak, track, etc. Hoje em dia temos os modernos Ztarr ZBass
que apesar de não possuir sons internos, somente disparando informações MIDI, não requerem cordas, apenas teclas e são excelentes controladores de sons. Vejamos alguns exemplos de ficha técnica dos contrabaixos e dispositivos MIDI existentes no mercado.


ROLAND G33BASS & GR 33B
modelo: Solibody Electric Bass synth controller
Corpo: Ash
Acabamento: Acrílico
Braço: Maple
Espelho/Escala: Rosewood
Trastes: 21 jumbo
Capostraste: Polycarbonato
Tarraxas: Gotoh
Ponte: Roland (ajustável)
Pickup magnético: Single coil Roland
Controles: Master volume, pickup balance, guitar tone, synth/guitar balance, cutoff, edit, LFO, modulation intensity, 3-position mode selector, two modulation touch plates on quad pickup.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no corpo
Peso: 9lbs


ROLAND G77BASS & GR77B
Modelo: Solibody Electric Bass synth controller com stabilizer bar
Corpo: Alder
Acabamento: Acrílico
Braço: Maple
Espelho/Escala: Rosewood
Trastes: 21 jumbo
Capostraste: Polycarbonato
Tarraxas: Gotoh
Ponte: Roland (ajustável)
Pickups magnéticos: 2 Single coil Roland
Controles: Master volume, pickup balance, guitar tone, synth/guitar balance, cutoff, edit, LFO, modulation intensity, 3-position mode selector, two modulation touch plates on quad pickup.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no corpo
Peso: 9lbs

VALLEY ARTS MB4 MIDI BASS SYSTEM
modelo: MIDI Bass controller
Corpo: Ash
Acabamento: Acrílico
Braço: Maple
Espelho/Escala: Rosewood
Trastes: 21 jumbo
Tarraxas: Gotoh
Pickup magnético: EMG P
Pickups MIDI: dois sistemas entrelaçados 1) Sensores de pitch FretWire; 2) Um transducer para cada corda próximo à ponte.
Controles: Attack Sensitivity, Velocity, 3-position Finger-Style Switch, On/Off Switch for Velocity Sensitivity, 3-position Octave Switch, 2-position for Poly or Mono mode.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no corpo
Peso: 9lbs
MB4 Módulo: MIDI out, 600Ohm line audio out, inputs for modulation pedal, sustain hold pedal, patch selector pedal, external power supply.

PEAVEY MIDIBASE
modelo: MIDI Bass synth controller com rackmount interface
Corpo: Poplar
Acabamento: Acrílico
Braço: duas partes em Maple parafusado
Espelho/Escala: Rosewood com Lexan Overlay
Trastes: 21 jumbo
Capostraste: Graphlon
Tarraxas: Peavey enclosed
Ponte: Peavey com MIDI pickups embutidos
Pickup magnético: dois Peaveys humbucking active soapbars + quatro Peaveys MIDI pickups (uma para cada corda)
Controles: Magnetic pickup volume, Blend, Tone, MIDI volume, Program switch.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no headstock
Peso: 9lbs, 4oz.



YAMAHA B1D & G50 MIDI
G50 Guitar Midi Converter Interfaces para contrabaixos de 4, 5 ou mesmo 6 cordas
Bass Guitar Spacing: 4str 17-20mm; 5str 18-20mm; 6str 18-19mm
Dimensões do Pickup B1-D: 152.8x11.0x7.3mm
Peso do Pickup: 78g
O B1-D deve ser ligado diretamente ao G50 MIDI converter.





ROLAND VBASS & ROLAND GK-2B
Construído em uma resistente base de metal e um belo acabamento em cor grafite-gelo, o Virtual-Bass possui quatro footswitchs para acessar os 160 presets, além dos 100 user presets que salvam as configurações do usuário, dois foots up & down para subir e descer entre os banks de programas, um foot control e um expression pedal (tipo pedal de volume) para comandar os efeitos em real time. O V-Bass comporta dois jacks de saída (um XLR/Canon e um ¼¨/P10)para ligar o processador ao console do estúdio de gravação ou mandada de P.A., por um lado, e para o amplificador de contrabaixo ou power amp, por outro. Dois inputs diferentes sendo um DIN 13 pinos da Roland para receber o pickup GK-2B e o outro input um P10. O input 13 pinos permite ao usuário ter acesso a todas as funções do aparelho, tais como efeitos polifônicos e o COSM Bass technology. A entrada P10 pode ser usada com um cabo comum de guitarra servindo apenas para as sessões Bass Amp Modeling e Effects. Nesta última sessão o V-Bass comporta a maioria dos efeitos prioritários aos baixistas: Wah, Distortion, Compression, Delay, Chorus, Reverb, Synth Bass sounds, Polyphonic effects e Wild sound effects. Pode-se selecionar, através de um comando simples, se o instrumento for de 4, 5 ou 6 cordas. Um enorme display digital indica as páginas e locais a serem comandados. Um total de 25 botões e mais um dial giratório operam a máquina. Uma poderosíssima ferramenta timbrística que, bem utilizada, proporciona infindáveis possibilidades. O que o V-Bass faz, e muito bem, é controlar e converter o sinal analógico do contrabaixo em digital para, com isto, comandar sons sintetizados, efeitos polifônicos, disparar timbres sampleados diversos e modelar o timbre original do instrumento, para recriar, ou melhor emular a sonoridade de vários tipos de contrabaixos conhecidos, tais como Fender, Yamaha, Warwick, Wall, Pedulla, Ernie Ball, G&L além de outros baixos elétricos, acústicos, baixolões, fretless, nylon strings, tipos e modelos de microfone (Condenser, Telefunken, Beyer, etc) e pickup magnéticos ou piezoelétrico (Bartolini, EMG, Seymor Duncan, Schaller, etc humbucking, precision, jazz bass, soap bar, etc), amplificadores valvulados ou transistorizados das grifes Hartke System, Gallien-Krueger, Trace Elliott, EBS, Fender, Acoustic360, Ampeg, SWR, Hughes & Kettner e outros. Pode-se, inclusive, indicar ao aparelho, a localização virtual dos pickups.
Muito semelhante aos pickups anteriores de guitarra MIDI da Roland, o GK2-B é composto por uma barra plástica com pequenos ímãs espaçados em seis locais, para acomodar baixos de até 6 cordas. Um fio posicionado estrategicamente no centro do mesmo, leva o sinal até uma pequena caixa transmissora que, por sua vez, emite os sinais para o controlador ou conversor MIDI, através de um cabo próprio composto por um plug DIN de 13 pinos. Nesta caixa existem controles para acessar banks e presets, além de controlar o volume do sinal original analógico e do digital. Um jack de saída analógica pode somar os dois sinais. Este dispositivo é importante se o músico quer aproveitar tudo o que o V-Bass tem a oferecer, ou seja, infindáveis possibilidades polifônicas: um timbre para cada corda, um efeito diferente para cada nota, uma afinação alternativa em pleno vôo, etc.

MIDI BASS SETUP DOS FAMOSOS
O set up de Bunny Brunel consiste de baixos Gibson de 4 ou 5 cordas desenvolvidos por Roger Giffen. Estes baixos possuem pontes em piezoelétrico construídas por Rick Turner (ex-Alembic), saídas individuais para cada corda, com um micro mix, ou seja, cada corda tem seu potenciômetro de panorâmico, resultando em uma saída estéreo real de dois canais. Em adição, um sistema elétrico através de preamp onboard criado por Bob Wolstein, da Wolstein Labs California, e uma saída direta para cada corda, usada em gravações. O conversor é um Max pitch-to-MIDI interface. Este sinal, já convertido, vai para quatro módulos sintetizadores: Yamaha TX816, Korg M1, Kurzweil PX1000 e Oberheim Matrix 1000. O sinal MIDI é, então, mixado ao som original do preamp e adicionado aos efeitos do Yamaha SPX90 e do Korg A1. Finalmente, tudo isto desemboca em um stack system PB900 amp da Carvin.

O set up de Brian Bromberg começa com baixos Robert Mick Guitars Piccolo com pickups
Photon/Bartolini e ponte Kahler Whammy Bar (alavanca). Este sistema de captação funciona através de emissão de infra-vermelho (portanto os pickups Lightwave, que também funcionam da mesma maneira, já haviam sido antecipados em 1986 pela Photon e em 1992 pela AudioOptics QED). Bromberg possui, ainda, um baixo Robert Mick piccolo com pickups Roland Quad synthcontroller e um Peavey CyberBass. A conversão do sinal MIDI é feita através de um Gibson Labs Max system ou um GR700 guitar synthesizer, que enviam o sinal para os módulos Peavey V3 Tone generator, Oberheim Matrix 1000 analog synth module, Oberheim Matrix 1000 e Yamaha TX816. O sinal MIDI vai para um Roland M16E mixer e é, finalmente, enviado para um extenso sistema de amplificação da Peavey.

O sistema MIDI de Alain Caron (que já usou um GR77 MIDI Bass), conta hoje em dia com um baixo F Bass de 6 cordas fretless com pickup GK1 adaptado e um baixo Michel Fournelle piccolo de 5
cordas com sistema piezoelétrico RMC na ponte. Um ancião Roland GM70 funciona como conversor MIDI para o 6 cordas, enquanto um GR50 controla o piccolo de 5 cordas. Estes enviam os sinais para os módulos sintetizadores Korg Wavestation, Roland D50, Roland S330 e Roland S550 sampler, indo depois para um patchbay MIDI Akai ME30-PII programável (contendo 7 entradas e 6 saídas) e finalmente os multiefeitos Korg, Peavey, DigiTech 128plus, Boss compressor/limiter minirack, e um Scholz Rockman específico para solos no piccolo. Os programas MIDI são controlados através de um Roland FC-100 foot controller, enquanto os acordes são trigados e endereçados em um MIDI step keyboard foot controller. Toda esta verdadeira parafernália eletrônica passa por um sistema SWR com duas caixas full range 18¨+10¨+horn.

usuários:
Bunny Brunel (Chick Corea), Phil Lesh (Grateful Dead's), Alain Caron (Uzeb), Brian Bromberg (Solo)

O segundo approach é o sistema WireNeck, que utiliza-se de um instrumento especialmente construído (ou adaptado) com dispositivos eletrônicos instalados no braço e nos trastes. Isto faz com que a conversão das notas tocadas ocorram direta e imediatamente em comandos digitais sintetizados, com informação de velocity tomada da amplitude da vibração da corda. A principal vantagem deste sistema é que não precisamos esperar a vibração completa da corda par que o som seja analisado e convertido. Com isto o tracking melhora (entenda-se: o atraso do sinal convertido em som é bem menor). Este é o caso do Valley Arts MB4, e os Peaveys MIDIBase e CyberBass, instrumentos que, com esta eletrônica, conseguem diferenciar as nuances timbrísticas de técnicas distintas como slap e tapping além de interpretar velocity, attack e tone.


KYMA
A exótica sonoridade MIDI de John Paul Jonesnos álbuns Zooma e Thunderthief

John Paul Jones (www.john-paul-jones.com) não é um contrabaixista como qualquer outro. A começar pela banda que representou décadas atrás: Led Zeppelin! Nascido em Sincup, Kent, Inglaterra em 3 de Janeiro de 1946 John Baldwin (seu verdadeiro nome) iniciou uma vitoriosa carreira como músico de estúdio gravando baixos, teclados, pedal steel, arranjando e produzindo álbuns antes de aceitar um convite de Jimmy Page para formar o Zep. Foram pouco mais de onze anos comandando o baixo e os teclados do grupo, com um número equivalente de discos (Led Zeppelin I, II, III, IV, House of the Holy, Presence, Physical Graffiti, The Song Remain the Same, In Through the Out Door e o último Coda, todos pela Atlantic records). Na virada do século, após algumas participações em discos de outros artistas tais como: Peter Gabriel “So”, Paul McCartney “Back to the Egg”, “Give My Regards to Broad Street”, e Diamanda Galás “The Sporting Life”, John resolveu voltar aos palcos comandando sua própria banda. Na verdade um trio instrumental composto pelo próprio JPJ nos vários baixos, bass pedal steel double neck, mandola, órgão Hammond além de comandar os efeitos em real time; Geoff Dugmore na bateria e Nick Beggs (ex-Kagagoogo) no StickBass e StickMIDI. Interessante composição de palco deste inusitado trio. Quando John está no baixo, Nick faz a harmonia, melodia e solos guitarrísticos com seus Stick stereo MIDI usando patches sintetizados diversos, porém quando JPJ está solando, ou mesmo executando outros instrumentos como Hammond, Lap Pedal Steel Bass e Mandola, Nick assume o papel do groove de contrabaixo com a mão esquerda nas cordas graves, mantendo a direita na harmonia ou solos tudo com a técnica de tapping. No final de 1999 era lançado o Cd instrumental Zooma de John Paul Jones (distribuído no Brasil através da Voiceprint www.voiceprint.com.br), gravado e mixado em seu super estúdio particular “Malthouse”, por ele próprio e seu engenheiro de áudio Richard Evans, fato que pode se tornar um marco na concepção sonora de gravação para contrabaixo na atualidade.

O BASS SETUP DE JPJ
O set up atual de Mr. JPJ, para seus shows solo, é composto basicamente de um par de amplificadores SWR SM-900 dirigindo duas caixas SWR Big Ben 1x18¨, e um par de SWR Goliath 4x10¨, para os graves e médios sendo que o captador de agudo de seus baixos Manson são amplificados (e distorcidos) por um Soldano Decatone guitar amp que também suporta um TC Electronic G-Force para efeitos diversos. Completam o quadro os seguintes instrumentos: Manson doubleneck lap steel bass, Manson tripleneck nylon guitar/baritone nylon guitar/mandola, Manson Mandola Bass (G D A E, do grave ao agudo!), Manson electroacústico (baixolão) 8 cordas (duplas EE AA DD GG), e os baixos Manson 4 cordas, 8 cordas (duplas BB EE AA DD), 10 cordas (EE AA DD GG CC), 12 cordas (BB EE AA DD GG CC), todos com saídas independentes stereo para captadores e circuitos EMG e sistemas de Leds Sims, tudo interligado por cabos MITRipcords e MIT Gas Terminator nas caixas acústicas. Porém o que mais chama a atenção nos palcos por onde o trio de John Paul Jones passa e, principalmente, para quem ouve o Cd é o sistema completo de edição, gravação, síntese, sampling, efeitos e adereços, de um programa de computador chamado Kyma.
Bem, não existem tantos overdubs, assim, como você possa pensar (no Cd Zooma). Eu gravei a maioria das faixas com os baixos Manson, que funcionam em estéreo real. Posso, com isso, enviar o sinal do captador da ponte através de um amp de guitarra e adicionar algum processador, deixando o pickup do braço para um som direto e verdadeiro de contrabaixo. Por exemplo, na faixa título, Zooma, a parte de bridge da canção foi gravada somente com o captador da ponte do contrabaixo processado através de um patch do TC Electronic G Force. Isto tudo pode ser reproduzido ao vivo. Não existe a necessidade de uma guitarra extra. Embora tudo soe como se houvesse uma. (risos). Prefiro não ter guitarras mais no palco, desculpe Jim (Page)! (risos) Além disso, como uso muito um baixo de 10 cordas, na verdade um 5 cordas duplas em agudos, a sonoridade final é mais como se quatro pessoas estivessem tocando juntas. Entretanto fiz uma pequena dobra com o electric mandolin somente para puxar um pouco mais o bit de uma ou de outra canção. Todos os outros sons do disco vieram do sistema Kyma, que eu levei na tour inteira. O Kyma é um programa software que pode manipular qualquer som. Ele recebe o sinal de áudio do baixo (ou qualquer instrumento, voz, sinal MIDI, etc) e reage a isto ou processa o sinal. Por exemplo, você pode acionar uma nota e triggar com algum outro som. Este programa tem uma arquitetura flexível e assim, eu consigo a sonoridade que quiser com ele. Na faixa Goose, aparece um baixo fantasma na segunda exposição do tema e parece que este segundo baixo está tocando uma harmonia, mas não é nada disto! O que aconteceu ali foi que o sistema Kyma ouviu o sinal do meu baixo, fez uma análise de freqüência e depois re-sintetizou-o tocando de volta com certos parâmetros restritos. Isto eu, também posso realizar ao vivo. Eu posso usar o programa para criar sons que eu ouço em minha cabeça, mas algumas vezes, no final podem acontecer felizes acidentes sonoros, se você estiver pronto para captar e gravar este bom material.”

KYMA O SEGREDO DE JPJ

O sistema Kyma combina uma pequena caixa, baseada em um processador DSP, chamada de Capybara.320 Sound Computation Engine com um software de linguagem gráfica de design de som. O Capybara.320 é composto por uma unidade de rack com 3U’s de altura (13,5cm) contendo 4 processadores paralelos Motorola DSP 56309 (expansíveis até 28 DSP’s) dedicados exclusivamente ao processamento e síntese sonora, 96 MB RAM, chips com 24 bits e dois conversores 100HHz A/D/A, expansíveis até oito. Ele suporta um adicional de 2 até 12 cards de expansão ou slots independentes, cada um com mais dois chips Motorola DSP e 48 MB RAM o que proporciona um total de 672MB de sample RAM. O analógico I/O é proporcionado através conectores XLR (inputs clip em +14dBu, output Max em +14,5dBu). Em 48KHz, os inputs analógicos possuem 105110dB SNR e 107 dB de alcance dinâmico. O digital I/O é AES/EBU em conectores XLR, sendo que o pacote básico oferece um par de adaptadores S/PDIF. O dispositivo também contém word clock e house sync inputs, VITC e LTC in e out, além de MIDI in/out/thru. Pode-se adicionar um módulo de áudio de 4 canais I/O no chassis do Capybara.320 completando um total de 8 canais de I/O analógico e digital. Por ser instalado fora do computador ele está completamente isolado de ruídos indesejáveis de rede e fonte. Um cartão PCI conecta o Capybara.320 ao computador. O usuário poderá optar por um cartão PCMCIA para conectar a unidade a um laptop. O Capybara.320 proporciona a energia necessária para gerar os sons e processamento de sinal que você desenha em seu PC ou Mac enquanto corre o Kyma. De fato, o sistema todo é um hardware acelerador de sintesi virtual que emprega dúzias de métodos diferentes para sintetizadores, samples, processamento de sinais, comandos MIDI, etc, tudo em absoluto tempo real!
Como com qualquer sintetizador de software o usuário é quem determina a sonoridade final em qualquer complexidade usando centenas de geradores ou algoritmos de processamento de sinal que o Kyma contém. A diferença entre o Kyma e os outros softwares do ramo, tais como o Propellerhead Reason, está exatamente aí, na enorme gama e alcance de funções que o sistema oferece. Acima de 300 algoritmos editáveis, chamados de protótipos, podem ser combinados em quaisquer formas sem a restrição de quantidade destes algoritmos ou modo como eles podem ser arranjados e intercambiados. Pode-se assinalar program changes para troca de sons, usar qualquer informação para controlar um parâmetro de som e construir uma livraria pessoal de patches, com isto. Para quem preferir, mais de 1000 exemplos de fábrica estão prontos e à disposição em diversas categorias economizando horas de trabalho. Cada som tem seu próprio Virtual Control Surface onde você pode ajustar parâmetros em tempo real. Mudanças de parâmetros tomam efeito imediatamente, o que proporciona alta resposta e controle acurado de tempo sobre cada aspecto do sinal de áudio. Cada algoritmo possui início e fim demarcados, e podem ser modificados, adicionados, deletados parcialmente, re-posicionados, sintetizados e processados indefinidamente. Como exemplo pode-se endereçar cada compasso do sinal do instrumento representando um processamento de efeito diferente, com cada efeito começando em tempos diversos, indo para diferentes outputs e com fade outs aleatórios. Pode-se criar efeitos nunca imaginados além dos conhecidos.
O número de tracks também é ilimitado. Para mixagens usando o próprio programa Kyma pode-se optar em momo, estéreo, quad setup e surround 5.1. ou aspecto a ser notado é a flexibilidade quando se usa este programa em palcos, ao vivo. Inserindo uma marca WaitUntil obtém-se uma liberdade para mover o track à frente, sem ter que clicar o track. O programa permite arrastar os parâmetros de variação de tempo usando o comando Controller Editor, ou gravar movimentos de fades via MIDI, extrair uma freqüência ou amplitude de envelope do sinal de áudio e usar isto como um controlador real time.
Para se ter uma idéia de processamento imagine que com o pacote básico pode-se tocar em tempo real um Vocoder de 66 bandas, executar síntese aditiva com 192 parciais em forma de onda, cada qual com sua própria freqüência e amplitude de envelope e com qualquer número escolhido de breakpoints, ou gerar nuvem de síntese granular de 93 formas de onda, além de 60 vozes independentes de samples. Por outro lado no sistema completo pode-se chegar a 600 bandas de Vocoder em tempo real, 1743 parciais de síntese aditiva, 837 formas de onda independentes de síntese granular e 545 vozes de samples. O software vem em CDRom e inclui o programa Kyma (em versões para ambas as plataformas Mac e PC) 1000 patches de exemplos, 150MB de samples e manual em extenso arquivo formato PDF.
MAS O QUE ISTO TUDO TEM A VER COM O CONTRABAIXO? Tudo! Se analisarmos pelo prisma de que John Paul Jones utiliza este sistema em seu setup e as sonoridades obtidas são fantásticas. Nada! Se, por outro lado, você nunca tiver a chance de experimentar algo como isto em seu baixo. O que podemos traçar aqui é exatamente a evolução dos equipamentos e neste caso específico de um software que pode ser usado para processar sinais de contrabaixo em virtualmente qualquer outro som que se quiser.


Sistema mínimo requerido para rodar o Kyma
MAC: Power Mac/OS; 32/64 MB RAM; OS 7.05; NuBus ou PCI/PCMCIA slot.
PC: Pentium 120; 32/64 MB RAM; Windows 95/98/ME; PCI/PCMCIA slot.
Analógico I/O 4 entradas XLR balanceadas (expansível até 8)
Digital I/O 2 XLR stereo AES/EBU ou (2) RCA stereo S/PDIF
Outras conexões MIDI In/Out/Thru; (1) BNC word-clock input; (1) BNC house sync input; (1 pr.) RCA VITC I/O; (1 pr.) RCA LTC I/O
Nível de Saída +14.5 dBu
Nível de entrada +14 dBu
Resolução 24-bit
Processamento interno 24/48/56 (algoritmos dependentes)
Sample Rates All standard rates from 32 to 100 kHz
Dynamic Range (A/D)/(D/A) 110 dBA/107 dBA
Freqüência de resposta 20 Hz-20 kHz (+0.04/-0.26 dBu @44.1 kHz)
Impedância de entrada 10 k
Crosstalk -110 dB
Nível de ruído (A/D)/(D/A) 110 dB/105 dB
Tuning Resolution 0.0026 Hz
Protótipo de algoritmos >300
Presets de fábrica >1,000
Dimenssões 3U × 16.5" (D)
Peso 6.5 Kg, aproximadamente

e-mail: info-kyma@symbolicsound.com
site: eb http://www.symbolicsound.com/