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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DISPOSITIVOS TÉCNICOS PARA EXECUÇÃO

por Jorge Pescara

DISPOSITIVOS TÉCNICOS PARA EXECUÇÃO



MUITOS APETRECHOS SÃO EMPREGADOS AO LONGO DA HISTÓRIA PARA SE CONSEGUIR AS MAIS INUSITADAS SONORIDADES NO CONTRABAIXO ELÉTRICO. ACOMPANHE A DESCRIÇÃO BÁSICA DOS MAIS CONHECIDOS.

   PALHETA
Pequeno artefato de plástico (ou outro material qualquer: osso, vidro, metal, madeira, etc), geralmente no formato triangular usado no lugar do pizzicato para tocar as cordas. Muito comum no rock pesado (hardrock, trhash rock, death metal, heavy metal, etc), porém com muitos adeptos no pop, jazz, r&b, soul, funk e fusion.
Ouça:
Chris Squire (Yes, solo), Anthony Jackson (Steve Khan, Michel Camilo), Steve Swallow (Carla Bley & Steve Swallow), Jack Casady (Jefferson Airplane), Carles Benavent (Paco DeLucia, solo), Joe Osborn (Simon & Garfunkel), Tony Levin (
King Crimson, Yes, Peter Gabriel, solo), Carol Kaye (Motown)


   


   PLECTRO (Dedeira)
Similar a palheta, mas com formato anelado. Encaixa-se no dedo polegar para tocar. Usado para tocar banjo, é muito raro sua utilização no baixo, porém Mark King do Level42 costumava usar um plectro preto nos anos 80 para tocar slap!. 
Ouça:
Mark King (Level 42, solo)

  


   FUNK FINGERS (Baquetas)
Par de pequenas e estreitas baquetas de percussão adaptadas para serem encaixadas nos dedos (indicador médio) para se golpear as cordas. Consegue-se, com isto, timbres e ritmos impossíveis com as técnicas tradicionais. Criado e desenvolvido por Tony Levin.
Ouça:
Tony Levin (King Crimson, Yes, Peter Gabriel, solo)



   E-BOW (Sustain Infinito)
Pequeno apetrecho de plástico com um circuito eletrônico de realimentação (sustain infinito) alimentado por uma bateria de 9volts. Ao ser posicionado (ligado) próximo a alguma corda o E-Bow ativa a vibração sonora da mesma que somente cessa ao ser afastado e/ou desligado. Com o domínio técnico do E-Bow consegue-se diferentes nuances sonoras. Por enquanto poucos baixistas utilizam este aparelho. 
Ouça:
Michael Manring (Montreux, solo)




   BOTTLENECK (Slide)
Pequeno tudo de vidro ou metal usado para se obter sons legatos. Para isto desliza-se o apetrecho (acoplado ao dedo mínimo da mão) por sobre as cordas enquanto toca-se as notas. Muito usado nas pedal steel guitar. Outros dispositivo raramente usado no contrabaixo. 
Ouça:
Kin Stone (Rippingtons), John paul Jones (Led Zeppelin, solo), Jack Casady (Jefferson Airplane), Chris Wood (Martin Medesky & Wood), Mark Sandman (Morphine)







Arco

O uso do arco de contrabaixo acústico ou mesmo de violoncelo e violino para extrair sons no baixo elétrico. Também o fato de usar o arco de forma pouco usual (double stops e multiple stops, sul ponticello, sul tasto, Col legno ou seja, col legno battuto significa bater com a parte de madeira do arco em uma corda apenas de cada vez, enquanto col legno tratto significa bater com a parte de madeira do arco cruzando várias cordas).
Midi Synth
A instalação de pickups midi para controlar dispositivos sintetizadores. Diversas marcas e modelos estão disponíveis no mercado tais como RMC, Roland, Yamaha, Peavey, etc. Brian Bromberg (solo, Stan Getz) usa um sistema Photon em seus baixos.

Slapring
Consistindo de um fino tubo de metal com 4cm de comprimento, com uma abertura na lateral.  Uma espécie de anel para ser usado sobre a falange no dedo polegar permitindo assim uma sonoridade diferente no uso do slap. Stuart Hamm (solo, Joe Satriane, Steve Vai) experimentou este artefato em alguns shows.

O Capotrasto
Dispositivo mecânico, transpositor de tons, que se coloca sobre as cordas para encurtar as escala mudando assim a afinação do instrumento como um todo. Colocando o capo no segundo traste (por exemplo) eleva-se a entonação do instrumento e um tom inteiro. Poucos baixstas se aventuram a usar o capo, mas não podemos deixar de citar Michael Manring (solo, Michael Hedge, Montreux, Yo Miles, Attention Déficit, John Gorka) como sendo um adepto do capotrasto em suas apresentações solo e workshops.

JetSlide
Outro dispositivo mecânico, baseado nos bottlenecks, porém mostra-se uma engenhoca bem dinâmica e útil. O sistema consiste em um anel atrelado ao dedo que possui uma barra extensora lateral, que funciona como um slide. Esta barra pode ser acionada a qualquer momento propiciando um instantâneo bottleneck que não deixa o dedo inutilisado para a digitação.


Extender D Tuner
Estas tarraxas são especiais, porquê possuem um dispositivo em formato de alavanca que serve para mudar instantaneamente a afinação da corda em até um tom e meio. O sistema funciona da seguinte maneira: A tarraxa é montada sobre uma base 'falsa' onde um eixo interligado às duas partes permite através de uma alavanca o deslizar do conjunto (sobre o próprio eixo). Com isto a corda afrouxa ou tenciona com a mudança do tom na mesma.

Pontes com Abafadores
Inicialmente nos Rickenbacker e posteriormente nos Music Man, estas pontes possuem pequeninos blocos de borracha nos selins, de onde com o ajuste de um parafuso ou knob, pode-se abafar as cordas por pressão destas borrachas sobre as mesmas. A sonoridade obtida, por conta do rápido decay, está muito próxima ao do baixo acústico.


Pontes com Alavancas e Detuners
Pontes para baixo elétrico, porém com os 'whammy bars', ou seja, alavancas de desafinação e afrouxamento das cordas, muito comuns nas guitarras. Sua utilização é mais prática na fusion e no rock, porém interessante.


Pontes com Simuladores Sitar Sound
Gotoh Buzz bridge ou a EYB, estas pontes possuem um sistema por onde passam as cordas e através de placas, molas e parafusos, simulam a sonoridade reverberada da citara. Para se ter uma idéia, cada vez que se toca uma nota, em instrumentos com este apetecho, ouve-se a tônica tocada e mais a reverberação de vários e vários harmônicos gerados, tudo junto. Uma simulação deveras interessante.

Pontes com Simuladores Fretless Sound
Fabricadas na Alemanha através da DDP ou também da Noiser Basses, estas pontes simulam através de um sistema de angulação das cordas a sonoridade de um fretless (sem trastes), em baixos com trastes. Feitas à partir das idéias do baixista frances Dominique Di Piazza (John McLaughlin, Biréli Lagrène) estas pontes podem ser uma opção muito interessante para se ter as duas sonoridades (fretted e fretless) em um mesmo instrumento.