Páginas

terça-feira, 20 de setembro de 2016

BASS MIDI SYSTEM

A EVOLUÇÃO DO SISTEMA MIDI PARA CONTRABAIXOS ELÉTRICOS
por Jorge Pescara

Existem duas maneiras de se obter controle MIDI em contrabaixos elétricos. O primeiro é chamado de pitch-to-MIDI, que começa com a vibração das cordas em um baixo padrão. Este sinal é recebido pelo pickup e enviado ao dispositivo de interface, onde o sinal é, então, analisado, digitalizado e convertido em dígitos binários. A parte digital é agora uma informação MIDI (Musical Instrument Digital Interface), que é repassado para um módulo gerador de timbres que o reconhece e o sintetiza em som audível. Este novo som é correspondente ao pitch e volume da vibração original da corda, mas também pode ser: keys, dynamics range, etc. Esta descrição serve para os modelos da Roland (G33B, G77B e GK2 MIDI pickup), além da Yamaha (B1-D) e Axon AX-100 Blue Chip.
No passado tivemos alguns modelos que por possuírem atraso muito significativo de sinal já não estão entre nós, como o Oncor Touch Digital Bass BGS4000 no final dos anos 70. Instrumento que dispunha de um synth circuit, touch sensitive frets, touch pads (teclas ao invés de cordas), touch sensitive pitch bender, circuito onboard, além de ajustes de filter, cut off, frequency, volume, 2 LFOs (Low Frequency Oscilators) para vibrato e parâmetros de envelope como attack, decay e sustain. Outro ancião foi o Zeta BC440 Bass Controller, que transmitia as informações MIDI em canais individuais e possuía afinador, teclas para endereçar as informações de bend independente por corda, velocity mode, modulation wheel, peak, track, etc. Hoje em dia temos os modernos Ztarr ZBass
que apesar de não possuir sons internos, somente disparando informações MIDI, não requerem cordas, apenas teclas e são excelentes controladores de sons. Vejamos alguns exemplos de ficha técnica dos contrabaixos e dispositivos MIDI existentes no mercado.


ROLAND G33BASS & GR 33B
modelo: Solibody Electric Bass synth controller
Corpo: Ash
Acabamento: Acrílico
Braço: Maple
Espelho/Escala: Rosewood
Trastes: 21 jumbo
Capostraste: Polycarbonato
Tarraxas: Gotoh
Ponte: Roland (ajustável)
Pickup magnético: Single coil Roland
Controles: Master volume, pickup balance, guitar tone, synth/guitar balance, cutoff, edit, LFO, modulation intensity, 3-position mode selector, two modulation touch plates on quad pickup.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no corpo
Peso: 9lbs


ROLAND G77BASS & GR77B
Modelo: Solibody Electric Bass synth controller com stabilizer bar
Corpo: Alder
Acabamento: Acrílico
Braço: Maple
Espelho/Escala: Rosewood
Trastes: 21 jumbo
Capostraste: Polycarbonato
Tarraxas: Gotoh
Ponte: Roland (ajustável)
Pickups magnéticos: 2 Single coil Roland
Controles: Master volume, pickup balance, guitar tone, synth/guitar balance, cutoff, edit, LFO, modulation intensity, 3-position mode selector, two modulation touch plates on quad pickup.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no corpo
Peso: 9lbs

VALLEY ARTS MB4 MIDI BASS SYSTEM
modelo: MIDI Bass controller
Corpo: Ash
Acabamento: Acrílico
Braço: Maple
Espelho/Escala: Rosewood
Trastes: 21 jumbo
Tarraxas: Gotoh
Pickup magnético: EMG P
Pickups MIDI: dois sistemas entrelaçados 1) Sensores de pitch FretWire; 2) Um transducer para cada corda próximo à ponte.
Controles: Attack Sensitivity, Velocity, 3-position Finger-Style Switch, On/Off Switch for Velocity Sensitivity, 3-position Octave Switch, 2-position for Poly or Mono mode.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no corpo
Peso: 9lbs
MB4 Módulo: MIDI out, 600Ohm line audio out, inputs for modulation pedal, sustain hold pedal, patch selector pedal, external power supply.

PEAVEY MIDIBASE
modelo: MIDI Bass synth controller com rackmount interface
Corpo: Poplar
Acabamento: Acrílico
Braço: duas partes em Maple parafusado
Espelho/Escala: Rosewood com Lexan Overlay
Trastes: 21 jumbo
Capostraste: Graphlon
Tarraxas: Peavey enclosed
Ponte: Peavey com MIDI pickups embutidos
Pickup magnético: dois Peaveys humbucking active soapbars + quatro Peaveys MIDI pickups (uma para cada corda)
Controles: Magnetic pickup volume, Blend, Tone, MIDI volume, Program switch.
Extensão total da escala: 34¨
Tensor: ajustável no headstock
Peso: 9lbs, 4oz.



YAMAHA B1D & G50 MIDI
G50 Guitar Midi Converter Interfaces para contrabaixos de 4, 5 ou mesmo 6 cordas
Bass Guitar Spacing: 4str 17-20mm; 5str 18-20mm; 6str 18-19mm
Dimensões do Pickup B1-D: 152.8x11.0x7.3mm
Peso do Pickup: 78g
O B1-D deve ser ligado diretamente ao G50 MIDI converter.





ROLAND VBASS & ROLAND GK-2B
Construído em uma resistente base de metal e um belo acabamento em cor grafite-gelo, o Virtual-Bass possui quatro footswitchs para acessar os 160 presets, além dos 100 user presets que salvam as configurações do usuário, dois foots up & down para subir e descer entre os banks de programas, um foot control e um expression pedal (tipo pedal de volume) para comandar os efeitos em real time. O V-Bass comporta dois jacks de saída (um XLR/Canon e um ¼¨/P10)para ligar o processador ao console do estúdio de gravação ou mandada de P.A., por um lado, e para o amplificador de contrabaixo ou power amp, por outro. Dois inputs diferentes sendo um DIN 13 pinos da Roland para receber o pickup GK-2B e o outro input um P10. O input 13 pinos permite ao usuário ter acesso a todas as funções do aparelho, tais como efeitos polifônicos e o COSM Bass technology. A entrada P10 pode ser usada com um cabo comum de guitarra servindo apenas para as sessões Bass Amp Modeling e Effects. Nesta última sessão o V-Bass comporta a maioria dos efeitos prioritários aos baixistas: Wah, Distortion, Compression, Delay, Chorus, Reverb, Synth Bass sounds, Polyphonic effects e Wild sound effects. Pode-se selecionar, através de um comando simples, se o instrumento for de 4, 5 ou 6 cordas. Um enorme display digital indica as páginas e locais a serem comandados. Um total de 25 botões e mais um dial giratório operam a máquina. Uma poderosíssima ferramenta timbrística que, bem utilizada, proporciona infindáveis possibilidades. O que o V-Bass faz, e muito bem, é controlar e converter o sinal analógico do contrabaixo em digital para, com isto, comandar sons sintetizados, efeitos polifônicos, disparar timbres sampleados diversos e modelar o timbre original do instrumento, para recriar, ou melhor emular a sonoridade de vários tipos de contrabaixos conhecidos, tais como Fender, Yamaha, Warwick, Wall, Pedulla, Ernie Ball, G&L além de outros baixos elétricos, acústicos, baixolões, fretless, nylon strings, tipos e modelos de microfone (Condenser, Telefunken, Beyer, etc) e pickup magnéticos ou piezoelétrico (Bartolini, EMG, Seymor Duncan, Schaller, etc humbucking, precision, jazz bass, soap bar, etc), amplificadores valvulados ou transistorizados das grifes Hartke System, Gallien-Krueger, Trace Elliott, EBS, Fender, Acoustic360, Ampeg, SWR, Hughes & Kettner e outros. Pode-se, inclusive, indicar ao aparelho, a localização virtual dos pickups.
Muito semelhante aos pickups anteriores de guitarra MIDI da Roland, o GK2-B é composto por uma barra plástica com pequenos ímãs espaçados em seis locais, para acomodar baixos de até 6 cordas. Um fio posicionado estrategicamente no centro do mesmo, leva o sinal até uma pequena caixa transmissora que, por sua vez, emite os sinais para o controlador ou conversor MIDI, através de um cabo próprio composto por um plug DIN de 13 pinos. Nesta caixa existem controles para acessar banks e presets, além de controlar o volume do sinal original analógico e do digital. Um jack de saída analógica pode somar os dois sinais. Este dispositivo é importante se o músico quer aproveitar tudo o que o V-Bass tem a oferecer, ou seja, infindáveis possibilidades polifônicas: um timbre para cada corda, um efeito diferente para cada nota, uma afinação alternativa em pleno vôo, etc.

MIDI BASS SETUP DOS FAMOSOS
O set up de Bunny Brunel consiste de baixos Gibson de 4 ou 5 cordas desenvolvidos por Roger Giffen. Estes baixos possuem pontes em piezoelétrico construídas por Rick Turner (ex-Alembic), saídas individuais para cada corda, com um micro mix, ou seja, cada corda tem seu potenciômetro de panorâmico, resultando em uma saída estéreo real de dois canais. Em adição, um sistema elétrico através de preamp onboard criado por Bob Wolstein, da Wolstein Labs California, e uma saída direta para cada corda, usada em gravações. O conversor é um Max pitch-to-MIDI interface. Este sinal, já convertido, vai para quatro módulos sintetizadores: Yamaha TX816, Korg M1, Kurzweil PX1000 e Oberheim Matrix 1000. O sinal MIDI é, então, mixado ao som original do preamp e adicionado aos efeitos do Yamaha SPX90 e do Korg A1. Finalmente, tudo isto desemboca em um stack system PB900 amp da Carvin.

O set up de Brian Bromberg começa com baixos Robert Mick Guitars Piccolo com pickups
Photon/Bartolini e ponte Kahler Whammy Bar (alavanca). Este sistema de captação funciona através de emissão de infra-vermelho (portanto os pickups Lightwave, que também funcionam da mesma maneira, já haviam sido antecipados em 1986 pela Photon e em 1992 pela AudioOptics QED). Bromberg possui, ainda, um baixo Robert Mick piccolo com pickups Roland Quad synthcontroller e um Peavey CyberBass. A conversão do sinal MIDI é feita através de um Gibson Labs Max system ou um GR700 guitar synthesizer, que enviam o sinal para os módulos Peavey V3 Tone generator, Oberheim Matrix 1000 analog synth module, Oberheim Matrix 1000 e Yamaha TX816. O sinal MIDI vai para um Roland M16E mixer e é, finalmente, enviado para um extenso sistema de amplificação da Peavey.

O sistema MIDI de Alain Caron (que já usou um GR77 MIDI Bass), conta hoje em dia com um baixo F Bass de 6 cordas fretless com pickup GK1 adaptado e um baixo Michel Fournelle piccolo de 5
cordas com sistema piezoelétrico RMC na ponte. Um ancião Roland GM70 funciona como conversor MIDI para o 6 cordas, enquanto um GR50 controla o piccolo de 5 cordas. Estes enviam os sinais para os módulos sintetizadores Korg Wavestation, Roland D50, Roland S330 e Roland S550 sampler, indo depois para um patchbay MIDI Akai ME30-PII programável (contendo 7 entradas e 6 saídas) e finalmente os multiefeitos Korg, Peavey, DigiTech 128plus, Boss compressor/limiter minirack, e um Scholz Rockman específico para solos no piccolo. Os programas MIDI são controlados através de um Roland FC-100 foot controller, enquanto os acordes são trigados e endereçados em um MIDI step keyboard foot controller. Toda esta verdadeira parafernália eletrônica passa por um sistema SWR com duas caixas full range 18¨+10¨+horn.

usuários:
Bunny Brunel (Chick Corea), Phil Lesh (Grateful Dead's), Alain Caron (Uzeb), Brian Bromberg (Solo)

O segundo approach é o sistema WireNeck, que utiliza-se de um instrumento especialmente construído (ou adaptado) com dispositivos eletrônicos instalados no braço e nos trastes. Isto faz com que a conversão das notas tocadas ocorram direta e imediatamente em comandos digitais sintetizados, com informação de velocity tomada da amplitude da vibração da corda. A principal vantagem deste sistema é que não precisamos esperar a vibração completa da corda par que o som seja analisado e convertido. Com isto o tracking melhora (entenda-se: o atraso do sinal convertido em som é bem menor). Este é o caso do Valley Arts MB4, e os Peaveys MIDIBase e CyberBass, instrumentos que, com esta eletrônica, conseguem diferenciar as nuances timbrísticas de técnicas distintas como slap e tapping além de interpretar velocity, attack e tone.


KYMA
A exótica sonoridade MIDI de John Paul Jonesnos álbuns Zooma e Thunderthief

John Paul Jones (www.john-paul-jones.com) não é um contrabaixista como qualquer outro. A começar pela banda que representou décadas atrás: Led Zeppelin! Nascido em Sincup, Kent, Inglaterra em 3 de Janeiro de 1946 John Baldwin (seu verdadeiro nome) iniciou uma vitoriosa carreira como músico de estúdio gravando baixos, teclados, pedal steel, arranjando e produzindo álbuns antes de aceitar um convite de Jimmy Page para formar o Zep. Foram pouco mais de onze anos comandando o baixo e os teclados do grupo, com um número equivalente de discos (Led Zeppelin I, II, III, IV, House of the Holy, Presence, Physical Graffiti, The Song Remain the Same, In Through the Out Door e o último Coda, todos pela Atlantic records). Na virada do século, após algumas participações em discos de outros artistas tais como: Peter Gabriel “So”, Paul McCartney “Back to the Egg”, “Give My Regards to Broad Street”, e Diamanda Galás “The Sporting Life”, John resolveu voltar aos palcos comandando sua própria banda. Na verdade um trio instrumental composto pelo próprio JPJ nos vários baixos, bass pedal steel double neck, mandola, órgão Hammond além de comandar os efeitos em real time; Geoff Dugmore na bateria e Nick Beggs (ex-Kagagoogo) no StickBass e StickMIDI. Interessante composição de palco deste inusitado trio. Quando John está no baixo, Nick faz a harmonia, melodia e solos guitarrísticos com seus Stick stereo MIDI usando patches sintetizados diversos, porém quando JPJ está solando, ou mesmo executando outros instrumentos como Hammond, Lap Pedal Steel Bass e Mandola, Nick assume o papel do groove de contrabaixo com a mão esquerda nas cordas graves, mantendo a direita na harmonia ou solos tudo com a técnica de tapping. No final de 1999 era lançado o Cd instrumental Zooma de John Paul Jones (distribuído no Brasil através da Voiceprint www.voiceprint.com.br), gravado e mixado em seu super estúdio particular “Malthouse”, por ele próprio e seu engenheiro de áudio Richard Evans, fato que pode se tornar um marco na concepção sonora de gravação para contrabaixo na atualidade.

O BASS SETUP DE JPJ
O set up atual de Mr. JPJ, para seus shows solo, é composto basicamente de um par de amplificadores SWR SM-900 dirigindo duas caixas SWR Big Ben 1x18¨, e um par de SWR Goliath 4x10¨, para os graves e médios sendo que o captador de agudo de seus baixos Manson são amplificados (e distorcidos) por um Soldano Decatone guitar amp que também suporta um TC Electronic G-Force para efeitos diversos. Completam o quadro os seguintes instrumentos: Manson doubleneck lap steel bass, Manson tripleneck nylon guitar/baritone nylon guitar/mandola, Manson Mandola Bass (G D A E, do grave ao agudo!), Manson electroacústico (baixolão) 8 cordas (duplas EE AA DD GG), e os baixos Manson 4 cordas, 8 cordas (duplas BB EE AA DD), 10 cordas (EE AA DD GG CC), 12 cordas (BB EE AA DD GG CC), todos com saídas independentes stereo para captadores e circuitos EMG e sistemas de Leds Sims, tudo interligado por cabos MITRipcords e MIT Gas Terminator nas caixas acústicas. Porém o que mais chama a atenção nos palcos por onde o trio de John Paul Jones passa e, principalmente, para quem ouve o Cd é o sistema completo de edição, gravação, síntese, sampling, efeitos e adereços, de um programa de computador chamado Kyma.
Bem, não existem tantos overdubs, assim, como você possa pensar (no Cd Zooma). Eu gravei a maioria das faixas com os baixos Manson, que funcionam em estéreo real. Posso, com isso, enviar o sinal do captador da ponte através de um amp de guitarra e adicionar algum processador, deixando o pickup do braço para um som direto e verdadeiro de contrabaixo. Por exemplo, na faixa título, Zooma, a parte de bridge da canção foi gravada somente com o captador da ponte do contrabaixo processado através de um patch do TC Electronic G Force. Isto tudo pode ser reproduzido ao vivo. Não existe a necessidade de uma guitarra extra. Embora tudo soe como se houvesse uma. (risos). Prefiro não ter guitarras mais no palco, desculpe Jim (Page)! (risos) Além disso, como uso muito um baixo de 10 cordas, na verdade um 5 cordas duplas em agudos, a sonoridade final é mais como se quatro pessoas estivessem tocando juntas. Entretanto fiz uma pequena dobra com o electric mandolin somente para puxar um pouco mais o bit de uma ou de outra canção. Todos os outros sons do disco vieram do sistema Kyma, que eu levei na tour inteira. O Kyma é um programa software que pode manipular qualquer som. Ele recebe o sinal de áudio do baixo (ou qualquer instrumento, voz, sinal MIDI, etc) e reage a isto ou processa o sinal. Por exemplo, você pode acionar uma nota e triggar com algum outro som. Este programa tem uma arquitetura flexível e assim, eu consigo a sonoridade que quiser com ele. Na faixa Goose, aparece um baixo fantasma na segunda exposição do tema e parece que este segundo baixo está tocando uma harmonia, mas não é nada disto! O que aconteceu ali foi que o sistema Kyma ouviu o sinal do meu baixo, fez uma análise de freqüência e depois re-sintetizou-o tocando de volta com certos parâmetros restritos. Isto eu, também posso realizar ao vivo. Eu posso usar o programa para criar sons que eu ouço em minha cabeça, mas algumas vezes, no final podem acontecer felizes acidentes sonoros, se você estiver pronto para captar e gravar este bom material.”

KYMA O SEGREDO DE JPJ

O sistema Kyma combina uma pequena caixa, baseada em um processador DSP, chamada de Capybara.320 Sound Computation Engine com um software de linguagem gráfica de design de som. O Capybara.320 é composto por uma unidade de rack com 3U’s de altura (13,5cm) contendo 4 processadores paralelos Motorola DSP 56309 (expansíveis até 28 DSP’s) dedicados exclusivamente ao processamento e síntese sonora, 96 MB RAM, chips com 24 bits e dois conversores 100HHz A/D/A, expansíveis até oito. Ele suporta um adicional de 2 até 12 cards de expansão ou slots independentes, cada um com mais dois chips Motorola DSP e 48 MB RAM o que proporciona um total de 672MB de sample RAM. O analógico I/O é proporcionado através conectores XLR (inputs clip em +14dBu, output Max em +14,5dBu). Em 48KHz, os inputs analógicos possuem 105110dB SNR e 107 dB de alcance dinâmico. O digital I/O é AES/EBU em conectores XLR, sendo que o pacote básico oferece um par de adaptadores S/PDIF. O dispositivo também contém word clock e house sync inputs, VITC e LTC in e out, além de MIDI in/out/thru. Pode-se adicionar um módulo de áudio de 4 canais I/O no chassis do Capybara.320 completando um total de 8 canais de I/O analógico e digital. Por ser instalado fora do computador ele está completamente isolado de ruídos indesejáveis de rede e fonte. Um cartão PCI conecta o Capybara.320 ao computador. O usuário poderá optar por um cartão PCMCIA para conectar a unidade a um laptop. O Capybara.320 proporciona a energia necessária para gerar os sons e processamento de sinal que você desenha em seu PC ou Mac enquanto corre o Kyma. De fato, o sistema todo é um hardware acelerador de sintesi virtual que emprega dúzias de métodos diferentes para sintetizadores, samples, processamento de sinais, comandos MIDI, etc, tudo em absoluto tempo real!
Como com qualquer sintetizador de software o usuário é quem determina a sonoridade final em qualquer complexidade usando centenas de geradores ou algoritmos de processamento de sinal que o Kyma contém. A diferença entre o Kyma e os outros softwares do ramo, tais como o Propellerhead Reason, está exatamente aí, na enorme gama e alcance de funções que o sistema oferece. Acima de 300 algoritmos editáveis, chamados de protótipos, podem ser combinados em quaisquer formas sem a restrição de quantidade destes algoritmos ou modo como eles podem ser arranjados e intercambiados. Pode-se assinalar program changes para troca de sons, usar qualquer informação para controlar um parâmetro de som e construir uma livraria pessoal de patches, com isto. Para quem preferir, mais de 1000 exemplos de fábrica estão prontos e à disposição em diversas categorias economizando horas de trabalho. Cada som tem seu próprio Virtual Control Surface onde você pode ajustar parâmetros em tempo real. Mudanças de parâmetros tomam efeito imediatamente, o que proporciona alta resposta e controle acurado de tempo sobre cada aspecto do sinal de áudio. Cada algoritmo possui início e fim demarcados, e podem ser modificados, adicionados, deletados parcialmente, re-posicionados, sintetizados e processados indefinidamente. Como exemplo pode-se endereçar cada compasso do sinal do instrumento representando um processamento de efeito diferente, com cada efeito começando em tempos diversos, indo para diferentes outputs e com fade outs aleatórios. Pode-se criar efeitos nunca imaginados além dos conhecidos.
O número de tracks também é ilimitado. Para mixagens usando o próprio programa Kyma pode-se optar em momo, estéreo, quad setup e surround 5.1. ou aspecto a ser notado é a flexibilidade quando se usa este programa em palcos, ao vivo. Inserindo uma marca WaitUntil obtém-se uma liberdade para mover o track à frente, sem ter que clicar o track. O programa permite arrastar os parâmetros de variação de tempo usando o comando Controller Editor, ou gravar movimentos de fades via MIDI, extrair uma freqüência ou amplitude de envelope do sinal de áudio e usar isto como um controlador real time.
Para se ter uma idéia de processamento imagine que com o pacote básico pode-se tocar em tempo real um Vocoder de 66 bandas, executar síntese aditiva com 192 parciais em forma de onda, cada qual com sua própria freqüência e amplitude de envelope e com qualquer número escolhido de breakpoints, ou gerar nuvem de síntese granular de 93 formas de onda, além de 60 vozes independentes de samples. Por outro lado no sistema completo pode-se chegar a 600 bandas de Vocoder em tempo real, 1743 parciais de síntese aditiva, 837 formas de onda independentes de síntese granular e 545 vozes de samples. O software vem em CDRom e inclui o programa Kyma (em versões para ambas as plataformas Mac e PC) 1000 patches de exemplos, 150MB de samples e manual em extenso arquivo formato PDF.
MAS O QUE ISTO TUDO TEM A VER COM O CONTRABAIXO? Tudo! Se analisarmos pelo prisma de que John Paul Jones utiliza este sistema em seu setup e as sonoridades obtidas são fantásticas. Nada! Se, por outro lado, você nunca tiver a chance de experimentar algo como isto em seu baixo. O que podemos traçar aqui é exatamente a evolução dos equipamentos e neste caso específico de um software que pode ser usado para processar sinais de contrabaixo em virtualmente qualquer outro som que se quiser.


Sistema mínimo requerido para rodar o Kyma
MAC: Power Mac/OS; 32/64 MB RAM; OS 7.05; NuBus ou PCI/PCMCIA slot.
PC: Pentium 120; 32/64 MB RAM; Windows 95/98/ME; PCI/PCMCIA slot.
Analógico I/O 4 entradas XLR balanceadas (expansível até 8)
Digital I/O 2 XLR stereo AES/EBU ou (2) RCA stereo S/PDIF
Outras conexões MIDI In/Out/Thru; (1) BNC word-clock input; (1) BNC house sync input; (1 pr.) RCA VITC I/O; (1 pr.) RCA LTC I/O
Nível de Saída +14.5 dBu
Nível de entrada +14 dBu
Resolução 24-bit
Processamento interno 24/48/56 (algoritmos dependentes)
Sample Rates All standard rates from 32 to 100 kHz
Dynamic Range (A/D)/(D/A) 110 dBA/107 dBA
Freqüência de resposta 20 Hz-20 kHz (+0.04/-0.26 dBu @44.1 kHz)
Impedância de entrada 10 k
Crosstalk -110 dB
Nível de ruído (A/D)/(D/A) 110 dB/105 dB
Tuning Resolution 0.0026 Hz
Protótipo de algoritmos >300
Presets de fábrica >1,000
Dimenssões 3U × 16.5" (D)
Peso 6.5 Kg, aproximadamente

e-mail: info-kyma@symbolicsound.com
site: eb http://www.symbolicsound.com/